Regulação da inteligência artificial é necessária, mas não pode ser excessiva, defendem líderes brasileiros da tecnologia


O g1 ouviu executivos de Google, TikTok, Lenovo e Totvs, que compartilharam suas visões sobre controle e fomento da IA no país. Tema foi discutido durante o Web Summit Rio 2024. Fábio Coelho, presidente do Google Brasil.
Divulgação/Web Summit Rio
Mais de 50 painéis trataram sobre inteligência artificial durante o Web Summit Rio 2024, maior evento de tecnologia e inovação do mundo. O tema foi destaque nos três dias de evento, com foco em como a tecnologia pode aumentar a produtividade e transformar empresas de todos os segmentos.
A regulação da IA é discutida em vários países, inclusive no Brasil. O g1 ouviu a opinião de executivos brasileiros de Google, TikTok, Lenovo e Totvs sobre como devem ser as medidas para controlar a IA generativa, que cria novos conteúdos a partir de ferramentas como o ChatGPT.
Para o presidente do Google Brasil, Fábio Coelho, qualquer tecnologia nova deve ser bem debatida. O executivo disse que está em conversa com o Senado Federal para mostrar como a empresa pode ajudar no debate.
“Os esforços com a IA devem ser ousados e responsáveis. Ousadia para a gente discutir inovações que possam sair do Brasil para o mundo todo e responsabilidade porque estamos lidando com algo novo”, disse Coelho durante o painel “Aproveitando a IA para um futuro melhor”.
“Quando trabalhada com todas as fontes, a regulação pode ser benéfica”, disse ao g1 Gabriela Comazetto, diretora geral de negócios do TikTok para América Latina.
“Ainda é importante garantir a segurança para a comunidade [de redes sociais], deixando claro quando o conteúdo foi produzido com inteligência artificial”, completa.
Gabriela Comazetto, diretora geral de negócios do TikTok para América Latina.
Divulgação/Web Summit
Hildebrando Lima, diretor executivo da Lenovo, empresa que apresentou no Web Summit o primeiro tradutor de Libras do mundo criado com IA, afirma que a regulação é bem-vinda, mas precisa ser democrática.
“Ela tem que ser coerente com o que a sociedade precisa, senão a gente priva a empresa, o governo e a população, deixando o país para trás. Tudo isso precisa estar em harmonia para que a IA seja uma coisa que ajude as pessoas, que faça com que a gente seja mais produtivo”, diz Lima.
Já Dennis Herszkowicz, presidente-executivo da empresa brasileira de softwares Totvs, defende a educação da sociedade para lidar com a IA. “Eu acredito num caminho mais informativo do que já criar logo de cara algo que impeça o desenvolvimento da tecnologia”.
“Se a regulação foi dura demais no início, corre o risco de impedir que se extraia todo o valor que essa tecnologia pode”, completa.
O primeiro tradutor de Libras foi apresentado no Web Summit Rio 2024
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